quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Entenda o que é refluxo e quais são seus sintomas

Exageros de comida e bebidas causam mal estar e, obviamente, o corpo acaba expelindo o que fez mal para o organismo. Na maioria das vezes a primeira coisa que vem na cabeça é que se trata de um “simples” vômito, no entanto, pode se tratar de uma doença: o refluxo gastroesofágico.

O mal causa o retorno do conteúdo líquido do estômago para o esôfago e, segundo o especialista em cirurgia do aparelho digestivo Andrey Carlo, isso se dá na grande maioria das vezes em pacientes com hérnia de hiato, ou seja, alargamento do espaço por onde passa o esôfago para cavidade abdominal.

A estudante de enfermagem Luciana Souza Catalani, 22 anos, diz que antes de descobrir a doença sentia muitas dores e queimação no estômago. “Achava que era relacionado a algum tipo de comida mais forte ou a grandes quantidades. Fiz tratamento a base do remédio omeprazol e hoje em dia ainda tenho o refluxo, mas não sinto mais as queimação no estômago”, conta.

O médico lembra que os principais sintomas da doença são dores no estômago, azia, má digestão, dispepsia, pirose e sensação de plenitude gástrica. Ainda segundo Carlo, o refluxo é diagnosticado através de exames clínicos e de imagens, como exemplo a endoscopia digestiva alta, manometria e phmetria do esôfago.

“O refluxo pode atacar tanto os bebês, quanto os adultos e idosos, desde que não façam uma alimentação adequada ou tenham uma hérnia de hiato”, explica. O especialista alerta que os sintomas são praticamente os mesmos para qualquer idade.  Segundo ele, devem-se evitar alimentos como gorduras, frituras, bebidas gaseificadas, doces, chocolates e frutas ácidas. “A alimentação ideal deve conter verduras, legumes, grelhados, cozidos, carne magra e leite (apenas se for desnatado)”, explica.

Tratamento

O refluxo gastroesofágico é tratado com bloqueadores de bomba de protóns (como omeprazol, pantoprazol e lansoprazol) e remédios que melhoram a motilidade ésôfago gástrica como a bromoprida.

Segundo Andrey Carlo, a doença tem cura, desde que o paciente siga as orientações médicas. Somente em último caso, quando o tratamento clínico falha, o tratamento cirúrgico se torna uma opção.

“Pensei em fazer a cirurgia, pois por mais que eu coma pouco, sinto um ‘tipo’ de soluço e muitas vezes é uma ação incontrolável, o que faz as pessoas acharem que você estou arrotando. É uma sensação muito desagradável, por isso consultei o meu médico, mas ele não autorizou o procedimento cirúrgico”, conta Luciana.

Já no caso do auxiliar técnico e fotógrafo Tiago de Souza Santos, 32 anos, durante todo o dia, o principal sintoma são as crises de tosse seca. Segundo ele, quando deita sente muita falta de ar. “ Somente com a acupuntura meus sintomas amenizaram. Caso eu não melhore até janeiro, vou tentar fazer a cirurgia”, conta.

As 10 Comidas que são mais venenos para o organismo

Que atire a primeira pedra quem não se rende a um fast food, salgadinho ou cachorro-quente e depois fica preocupado com as calorias que ingeriu. Mas o que pouca gente sabe é que os perigos desses alimentos vão muito além da questão estética e podem ser um risco para a saúde. Para esclarecer esses problemas, a nutricionista Michelle Schoffro Cook listou os dez piores alimentos de todos os tempos.

10º lugar: Sorvete

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Apesar de existirem versões mais saudáveis que os tradicionais sorvetes industrializados, a nutricionista adverte que esse alimento geralmente possui altos níveis de açúcar e gorduras trans, além de corantes e saborizantes artificiais, muitos dos quais possuem neurotoxinas – substâncias químicas que podem causar danos no cérebro e no sistema nervoso.
9º lugar: Salgadinho de milho
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De acordo com Michelle, desde o surgimento dos alimentos transgênicos a maior parte do milho que comemos é um “Frankenfood”, ou “comida Frankenstein”. Ela aponta que esse alimento por causar flutuação dos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças no humor, ganho de peso, irritabilidade, entre outros sintomas. Além disso, a maior parte desses salgadinhos é frita em óleo, que vira ranço e está ligado a processos inflamatórios.
8º lugar: Pizza
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Michelle destaca que nem todas as pizzas são ruins para a saúde, mas a maioria das que são vendidas congeladas em supermercados está cheia de condicionadores de massa artificiais e conservantes. Feitas farinha branca, essas pizzas são absorvidas pelo organismo e transformadas em açúcar puro, causando aumento de peso e desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue.
7º lugar: Batata frita
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Batatas fritas contêm não apenas gorduras trans, que já foram relacionadas a uma longa lista de doenças, como também uma das mais potentes substâncias cancerígenas presentes em alimentos: a acrilamida, que é formada quando batatas brancas são aquecidas em altas temperaturas. Além disso, a maioria dos óleos utilizados para fritar as batatas se torna rançosa na presença do oxigênio ou em altas temperaturas, gerando alimentos que podem causar inflamações no corpo e agravar problemas cardíacos, câncer e artrite.
6 lugar: Salgadinhos de batata
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Além de causarem todos os danos das batatas fritas comuns e não trazerem nenhum benefício nutricional, esses salgadinhos contêm níveis mais altos de acrilamida, que também é cancerígena.
5º lugar: Bacon
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Segundo a nutricionista, o consumo diário de carnes processadas, como bacon, pode aumentar o risco de doenças cardíacas em 42% e de diabetes em 19%. Um estudo da Universidade de Columbia descobriu ainda que comer 14 porções de bacon por mês pode danificar a função pulmonar e aumentar o risco de doenças ligadas ao órgão.
4º lugar: Cachorro-quente
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Michelle cita um estudo da Universidade do Havaí, que mostrou que o consumo de cachorros-quentes e outras carnes processadas pode aumentar o risco de câncer de pâncreas em 67%. Um ingrediente encontrado tanto no cachorro-quente quanto no bacon é o nitrito de sódio, uma substância cancerígena relacionada a doenças como leucemia em crianças e tumores cerebrais em bebes. Outros estudos apontam que a substância pode desencadear câncer colorretal.
3º lugar: Donuts (Rosquinhas)
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Entre 35% e 40% da composição dos donuts é de gorduras trans, “o pior tipo de gordura que você pode ingerir”, alerta a nutricionista. Essa substância está relacionada a doenças cardíacas e cerebrais, além de câncer. Para completar, esses alimentos são repletos de açúcar, condicionadores de massa artificiais e aditivos alimentares, e contém, em média, 300 calorias cada.
2º lugar: Refrigerante
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Michelle conta que, de acordo com uma pesquisa do Dr. Joseph Mercola, “uma lata de refrigerante possui em média 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína, além de estar repleta de corantes artificiais e sulfitos”. “Somente isso já deveria fazer você repensar seu consumo de refrigerantes”, diz a nutricionista.
Além disso, essa bebida é extremamente ácida, sendo necessários 30 copos de água para neutralizar essa acidez, que pode ser muito perigosa para os rins. Para completar, ela informa que os ossos funcionam como uma reserva de minerais, como o cálcio, que são despejados no sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos e podendo levar a doenças como osteoporose, obesidade, cáries e doenças cardíacas.
1º lugar: Refrigerante Diet
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“Refrigerante Diet é a minha escolha para o Pior Alimento de Todos os Tempos”, diz Michelle. Segundo a nutricionista, além de possuir todos os problemas dos refrigerantes tradicionais, as versões diet contêm aspartame, que agora é chamado de AminoSweet. De acordo com uma pesquisa de Lynne Melcombe, essa substância está relacionada a uma lista de doenças, como ataques de ansiedade, compulsão alimentar e por açúcar, defeitos de nascimento, cegueira, tumores cerebrais, dor torácica, depressão, tonturas, epilepsia, fadiga, dores de cabeça e enxaquecas, perda auditiva, palpitações cardíacas, hiperatividade, insônia, dor nas articulações, dificuldade de aprendizagem, TPM, cãibras musculares, problemas reprodutivos e até mesmo a morte.
“Os efeitos do aspartame podem ser confundidos com a doença de Alzheimer, síndrome de fadiga crônica, epilepsia, vírus de Epstein-Barr, doença de Huntington, hipotireoidismo, doença de Lou Gehrig, síndrome de Lyme, doença de Ménière, esclerose múltipla, e pós-pólio. É por isso que eu dou ao Refrigerante Diet o prêmio de Pior Alimento de Todos os Tempos”, conclui.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Porque o Refluxo afeta os bebês ?

Refluxo é um termo muito usado quando o alimento que ainda está no estômago volta até o esôfago, às vezes até a boca. O nome completo do problema é refluxo gastroesofágico. Para entender o refluxo, é preciso entender o diafragma, o músculo que separa a cavidade torácica da cavidade abdominal do corpo, e que é importante para a respiração. Há um orifício nesse músculo, por onde passa o esôfago, que então se liga ao estômago. 

O esôfago fica dividido em duas porções: uma mais longa, no tórax, e outra bem mais curta, embaixo, na cavidade abdominal. É nesta última que se estabelece o mecanismo que funciona como uma válvula. Esse mecanismo é composto por vários elementos, e o mais importante deles é o esfíncter inferior do esôfago, composto por feixes de musculatura lisa, que permite o fechamento do esôfago, impedindo o refluxo (volta) do conteúdo do estômago. 

Também atuam nesse "isolamento", entre outros, a roseta mucosa, feita de fibras elásticas que fecham a comunicação entre estômago e esôfago, e o ligamento frenoesofágico, que fixa o conjunto todo ao diafragma. Às vezes, porém, esse complexo mecanismo de válvula não funciona como deveria. É o que acontece durante a gravidez. Um dos motivos de as mulheres terem azia quando grávidas é que o bebê pressiona essa válvula, que permite a subida do ácido do estômago até o esôfago. 

O problema também acontece em bebês, mas no caso deles o motivo é que boa parte dos mecanismos descritos acima ainda não funciona completamente, principalmente o esfíncter inferior, que não está completamente maduro. Ao longo do primeiro ano do bebê, o esfíncter vai ficando cada vez mais forte, e diminui a propensão da criança ao refluxo. 

Cerca de 50 por cento de todos os bebês apresenta algum tipo de refluxo, mas apenas em uma pequena porcentagem ele se torna um problema sério. Aos 10 meses, somente cerca de 5 por cento dos bebês ainda sofre com o refluxo. 

Quais são os sintomas? 


O bebê pode regurgitar um pouco de leite depois de mamar ou ter soluço. Pode ser que às vezes ele tussa depois de regurgitar, como se o leite tivesse entrado pelo "buraco errado". Isso tudo é normal e esperado, por isso, se seu filho não tiver nenhum outro sintoma, não há com o que se preocupar. 

Só mantenha uma fraldinha ou paninho de boca sempre à mão para emergências, e não se esqueça de colocar uma blusa extra para você na sacola do bebê, para o caso de um "acidente". 

Tanto bebês que mamam no peito quanto bebês que tomam fórmula em pó podem regurgitar ou ter refluxo. 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

De Olho na sua Saúde : Mãe espera há um ano consulta para o filho

A doméstica Maxwelen Carla Carneiro da Silva, 24 anos, moradora do bairro Urciano Lemos, está revoltada com o serviço de saúde pública da Prefeitura de Araxá. Segundo ela, há um ano entregou um encaminhamento na Secretaria Municipal de Saúde para a marcação de uma consulta para o seu filho e até hoje não conseguiu levar a criança ao médico especialista.

Maxwelen explica que o seu filho tem 5 anos de idade e nasceu com um problema de refluxo estomacal. “Ele tem uma digestão muito lenta e a pediatra encaminhou meu filho para um médico especialista em estomago para tentar um tratamento mais eficaz. Eu trouxe o encaminhamento na época para a Uninorte que enviou para a Secretaria de Saúde e pediu para que eu aguardasse a marcação da consulta. Isto já tem cerca de um ano e não tive nenhuma resposta”, protestou. 

A mãe afirma que procurou diversas vezes a Secretaria de Saúde, mas não conseguiu marcar a consulta para o filho. “Quando procuro informações sobre a consulta na Secretaria de Saúde sempre sou informada que devo voltar a Unidade de Saúde do bairro Urciano Lemos para que de lá eles liguem na central de atendimento e informem o número do protocolo para que a Secretaria de Saúde possa tentar achar o encaminhamento que ninguém sabe onde foi parar. E sempre pedem para que eu espere um pouco mais, porém nunca resolvem nada”. 

A reclamação de Maxwelen é que o filho perdeu um ano e já poderia estar concluindo o seu tratamento e na verdade não pode nem começá-lo. “É um absurdo, depois de tanto tempo me disseram na Uninorte que é mais fácil eu conseguir outro encaminhamento que o antigo já deve ter sido jogado fora. O caso do meu filho pode até ter se agravado por falta de um tratamento adequado. Vou começar o processo tudo de novo e espero que desta vez a falta de organização da Secretaria de Saúde não volte a acontecer e que não sumam com o encaminhamento do meu filho”, arrematou. 

A avó da criança, dona Márcia Carneiro da Silva, diz que está decepcionada com a saúde pública de Araxá. “Infelizmente a saúde pública acabou piorando nos últimos anos. O nosso prefeito é médico, conhece as necessidades da população neste setor e, portanto deveria olhar com mais carinho a situação das famílias carentes que precisam dos serviços de saúde oferecidos pela Prefeitura. A coisa está muito ruim”, completou. 

A reportagem do Jornal Araxá tentou contato telefônico com o secretário Antônio Marcos Belo mas não obteve êxito. 

domingo, 17 de outubro de 2010

Justiça determina tratamento de refluxo

A Justiça de São Paulo concedeu nesta segunda-feira, 27, liminar em favor de Daniela Chiarion Sassi, contra decisão da SulAmérica Companhia de Seguro Saúde, de não custear operação para redução de estômago.

O juiz Régis Rodrigues Bonvicino, da 1ª Vara Cível de Pinheiros, entendeu como abusiva a recusa do plano de saúde, já que a recomendação médica indica a necessidade imediata de intervenção na paciente em virtude de síndrome metabólica, apnéia do sono, fadiga e outras doenças.

Na decisão, Bonvicino determina que a operação seja feita às custas da seguradora, incluindo no valor o tratamento de refluxo, esteatose hepática (patologia no fígado) e obesidade mórbida.

domingo, 1 de agosto de 2010

Prática de exercícios físicos moderados pode reduzir refluxo

Para quem tem azia crônica, minimizar os exercícios pode parecer óbvio. Muita corrida ou saltos podem induzir o refluxo ácido.

Porém, o tipo certo de exercícios, com algumas precauções, na verdade pode melhorar essa condição. Estudos descobriram que sessões curtas de exercícios moderados pelo menos algumas vezes por semana podem reduzir o risco de doença do refluxo gastroesofágico, em parte porque reduz o índice de massa corpórea, um fator de risco essencial.

Um estudo, publicado em 2004 e que incluiu mais de 3.000 pessoas que relataram ter refluxo, descobriu que uma sessão de exercícios de meia hora no mínimo uma vez por semana (associada ao consumo de alimentos com alto teor de fibra) ajuda a reduzir pela metade o risco de apresentar essa condição.

Duas medidas podem ajudar: evitar alimentos duas horas antes de praticar exercícios e ficar longe de bebidas isotônicas com muito carboidrato.

Porém, o exercício específico é crucial.

Cientistas descobriram que exercícios aeróbicos com maior "agitação do corpo", como corrida vigorosa, consistentemente induziu o refluxo ácido, até em pessoas que não tinham azia crônica. Exercícios menos agitados como pedalar numa bicicleta ergométrica, por exemplo causaram menos problemas.

Outro fator é a posição do corpo. Levantamento de peso com o braço, musculação na perna e qualquer outro exercício que envolve ficar deitado aumentam acentuadamente o risco de refluxo ácido. Um estudo de 2009 mostrou que surfistas apresentem risco muito maior de apresentar doença do refluxo gastroesofágico do que outros atletas.

"Remar de bruços sobre a superfície da prancha de surfe leva a um aumento da pressão intra-abdominal", escreveram os autores do estudo.

Conclusão: exercícios moderados, com as precauções certas, podem reduzir o refluxo.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Tratamento para REFLUXO


o tratamento do Refluxo é clínico, com medidas educativas associadas aos medicamentos. A vídeo-laparoscopia vem facilitando o método cirúrgico, aplicado a casos selecionados, com resultados muito bons.

Além de combater a obesidade, é importante evitar grandes volumes às refeições e de deitar nas primeiras duas horas seguintes. Algumas pessoas beneficiam-se de dormir numa cama elevada pelos pés da cabeceira, em 20 a 25 cm. Outras, não se adaptam à posição: incham os pés, doem as costas, etc. Há controvérsias sobre restrição de diversos alimentos, particularmente, cítricos, doces e gordurosos. Ajudam no controle dos sintomas, algumas medidas, como: evitar a bebida alcoólica, não deglutir líquidos muito quentes, ingerir um mínimo de líquidos durante ou logo após as refeições, evitar a ingestão de chá preto e café puro com estômago vazio.

Os medicamentos mais usados são os que diminuem o grau da acidez já lançada no estômago (os populares antiácidos) e aqueles que inibem a produção de ácido pelas células do estômago ("antiácidos sistêmicos"). Outros remédios de um grupo chamado de pró-cinéticos destinam-se a facilitar o esvaziamento do conteúdo estomacal em direção ao intestino, minimizando a quantidade capaz de refluir para o esôfago.

Uma queixa importante dos pacientes é a recidiva dos sintomas, particularmente da azia, poucos dias após o término dos medicamentos. Nesse momento, surge o questionamento do tratamento por tempo indeterminado ou do tratamento cirúrgico.

Vale dizer que o tratamento clínico combate muito bem os sintomas, mas não modifica a hérnia hiatal e poucas vezes muda o refluxo gastro-esofágico, propriamente dito.